Vinhos de Natal: Se é a si que calha escolher os vinhos para a noite de Consoada, encontre aqui as melhores harmonizações para cada iguaria natalícia

Chegámos à altura mais gulosa do ano, por isso não podemos deixar de falar de vinhos de Natal!
Mais do que os presentes, nesta época a maior preocupação das famílias portuguesas é a variedade e qualidade (e quantidade!) da comida que se coloca em cima da mesa, no dia de Natal. v

Se cada membro da família se encarrega de uma iguaria e a si, lhe calha escolher os vinhos a servir com cada prato, então aqui fica uma ajuda!

Uma mesa de entradas que se preze, tem alguma variedade de queijos. O Serra da Estrela normalmente é o protagonista, mas um Camembert ou Roquefort para dar um toque internacional, ficam sempre bem.

E porque se trata do dia de Natal, caprichamos mais um pouco e pode também haver um bom presunto ou, porque não, o salmão fumado.

O vinho de Natal ideal para tantas iguarias diferentes é mesmo um rosé, um vinho que se adapta a todos os sabores. Sugiro assim um rosé do Vinho Verde feito com a casta Vinhão ou, descendo à outra ponta do país, um rosé do Algarve com a casta Negra Mole.

Apesar do “Bacalhau com Todos” ser o clássico prato de Natal, há muitas famílias que gostam de ser originais e optam por qualquer outra das 1001 receitas existentes.

Sendo este um peixe carnudo e com muito sabor, aguenta perfeitamente ser servido com um vinho tinto. Sugiro um tinto da região de Lisboa e o seu Castelão, ou mesmo a Baga da Bairrada, tintos com corpo mas ao mesmo ambos com influência do Atlântico, tal como o bacalhau tem.

Mas nem só de bacalhau vive o Natal, o polvo também fica muito bem à mesa! Assado no forno, regado com muito azeite e acompanhado de batatinhas e cebolada, este prato merece um vinho à altura.

O polvo é uma tradição maioritariamente do Norte do país, por isso vamos servi-lo com um bom vinho branco com estrutura como um Rabigato do Douro, ou um pouco mais interior, um Encruzado do Dão.

É importante que este branco tenha algum estágio em madeira e, se conseguir, alguma idade (mínimo 5 anos) para lhe acrescentar a complexidade que o polvo pede.

Falamos de uma ave grande, com carne densa, que é recheada com os mais variados ingredientes mas, acima de tudo, mais carne, pão, enchidos, frutos secos e especiarias.

Este peru está mesmo a pedir um vinho tinto bem encorpado de uma região onde as carnes são tradicionalmente, muito bem tratadas: algo como a Tinta Amarela de Trás-os-Montes ou um Alicante-Bouschet do Alentejo.

O leitão é uma escolha bastante comum à mesa das famílias portuguesas no Natal. Quem consegue resistir àquela carne tenra e suculenta, à pele tostadinha, tudo regado a um intenso molho pimenta?

Uma carne gorda como a do leitão, precisa de um vinho branco com personalidade e boa acidez para acompanhar: vinho branco da ilha do Pico nos Açores ou um Fonte Cal da Beira Interior.

As sobremesas costumam ser o momento alto da noite! A variedade é grande entre rabanadas, coscorões, fios de ovos, sonhos, bolo-rei…

Um sem-fim de fritos e açúcar que só mesmo um bom espumante pode aguentar, como é o caso de Távora-Varosa, região por excelência dos espumantes em Portugal.

Não esquecendo também, qualquer um dos quatro fortificados portugueses, para aqueles que gostam de um final bem doce para a refeição.

E, claro, ainda aproveita para fazer um brinde a mais um Natal passado em família!

Porque não sentir o espírito natalício e partilhar este artigo com os seus entes queridos?


Já se fartou dos clássicos jantares de Natal? Faça algo diferente este ano e organize um Workshop de Vinhos de Natal com os seus colegas de trabalho!