A Real Companhia Velha é a empresa de vinhos mais antiga de Portugal, fundada por El-Rei D. José I em 1756!
Tive o privilégio de visitar e pernoitar num lugar que não está aberto ao público, a Quinta de Cidrô em São João da Pesqueira. Desta quinta não se vê o rio Douro, mas nem por isso a vista é menos bonita!
Rodeado pelas vinhas que produzem um dos meus vinhos portugueses preferidos, o Palácio de Cidrô foi construído em meados do séc. XIX e passou por diversos proprietários, pertencendo desde 1972 à Real Companhia Velha (RCV).
O seu interior foi recentemente restaurado. Existem 21 quartos apenas usados por convidados e tem um elegante salão com uma varanda sobre os jardins, que eu chamei de ‘Versailles em ponto pequeno’.
A Quinta dos Aciprestes, também muito conhecida entre o público português apreciador de vinho, e a Quinta das Carvalhas, pertencem igualmente à RCV.
Esta última, localizada mais junto ao Pinhão, tem actividades de enoturismo para quem a visita. Actividades como passeios pedestres pela quinta, visitas de jipe pelas vinhas até à Casa Redonda, situada no topo da quinta, programas de birdwatching e observação da flora, e até montaria ao javali.
À saída da Quinta das Carvalhas encontra-se aberta ao público, a loja da RCV onde, além de se fazerem provas de vinho, estão disponíveis para venda todos os vinhos e azeites deste produtor.
Todos não, aquele Porto de 1900 que me serviram no final do almoço no alpendre da casa com vista para o rio Douro, não está aqui à venda!
A experiência “Real Companhia Velha” vai do Douro até V. N. Gaia, onde está a cave de envelhecimento dos seus vinhos do Porto, para quem quiser conhecer ainda mais desta casa com mais de 250 anos de história.
Um dia li que a qualidade dos vinhos é proporcional à beleza do local onde são produzidos. Depois de visitar as quintas da Real Companhia Velha, estas palavras fazem ainda mais sentido!