A Quinta do Gradil é um excelente lugar para se conhecer melhor os vinhos da região de Lisboa

Eu já sabia que o Marquês de Pombal era um homem de gosto requintado e que defendia com firmeza o vinho português. O que eu não sabia é que a Quinta do Gradil lhe tinha pertencido e que já por volta de 1760 se produzia vinho nesta propriedade.

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Actualmente, o que encontramos da presença Pombalina na quinta são as ruinas de um palácio do séc. XVIII e sua capela nobre, a antiga adega hoje recuperada e em perfeito funcionamento e o velho celeiro transformado num elegante restaurante.

Em torno destes espaços estão plantados os 120ha de vinha da Quinta do Gradil onde se junta a típica Arinto, com a Syrah, Cabernet Sauvingnon, Tannat – casta argentina que se adaptou muito bem a este terroir – e muitas outras castas.

Mas há mais para ver para além das vinhas! A equipa de enoturismo propõe aos visitantes uma caminhada pela propriedade onde se podem cruzar com pedaços da sua história como o aqueduto, que ainda hoje transporta água para uma cisterna na quinta e, lá ao fundo no monte, o antigo moinho.

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Terminado o passeio, a minha visita continuou até à sala de provas. Este é um espaço com muita luz natural e uma sugestiva vista para as vinhas e Serra de Montejunto, o que me ajudou a perceber porque é que, nas cerca de 20 diferentes referências Quinta do Gradil, todos os vinhos têm em comum a frescura, os aromas vegetais e suaves, muito frutados e um final de boca bem persistente.

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Depois da prova de vinhos, como não podia deixar de ser, fui conhecer o restaurante! O actual proprietário desta quinta centenária, Luis Vieira, tem um especial gosto por arte, e juntou no restaurante diversas pinturas e esculturas com motivos de vinho, expostas entre os tradicionais alambiques onde em tempos se produziu aguardente.

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Apesar do dia frio de Inverno, o sol lá fora inspirou o chef para um menu de Verão que começou com umas vieiras salteadas acompanhadas do Quinta do Gradil Reserva branco. Em seguida veio um bacalhau assado com espinafres, que harmonizou perfeitamente com o tinto Castelo do Sulco Reserva e, a finalizar, uma surpreendente mousse de chocolate e malagueta.

E fui para casa a pensar que uma caminhada entre vinhas de manhã, seguida de uma prova de vinhos e terminar com um bom almoço, é o que eu chamo um dia bem passado! Não concordam?


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