A Quinta do Ameal é uma das razões pela qual eu gosto e defendo o enoturismo!     

 

Já tinha provado os vinhos deste produtor em provas de vinho, dentro de uma sala em Lisboa, com vários outros produtores em exposição. Lembro-me que gostei dos vinhos desta quinta em particular porque, apesar de serem todos produzidos a partir da casta Loureiro, (característica da região dos Vinhos Verdes, tal como o Alvarinho) conseguem todos ter perfis distintos e personalidades bem marcadas. São vinhos orgânicos, uns com envelhecimento outros sem, o que os torna tão especiais.

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Mas visitar a Quinta do Ameal, em Ponte de Lima, é uma experiência totalmente diferente! Logo à entrada já somos recebidos da melhor maneira, com um corredor de glicínias roxas que deixam cair as suas pétalas no chão como um manto de neve. Quando lá fui estava um triste dia de chuva mas, mesmo com os pés já frios e molhados, fui espreitar todos os cantos floridos desta quinta.

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Comprada em 1990 pelo pai de Pedro Araújo, o actual produtor, além da vinha plantada a propriedade incluía ainda 5 casas abandonadas sem qualquer utilização. Há cerca de 2 anos, e depois de consolidar a sua presença no sector do vinho, Pedro decidiu recuperar essas casas e transformá-las em alojamento para os enoturistas que queiram conhecer melhor a região dos Vinhos Verdes.

Com muito bom gosto, três dessas casas já foram arranjadas, todas com decoração diferente e com vários quartos, salas de estar e cozinha, duches ao ar livre com vista para a vinha ou para uma surpreendente floresta de bambus!

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Na Quinta do Ameal organizam-se ainda visitas à adega e provas de vinhos da marca, que podem ser feitas no conforto de uma casa frente à lareira ou num dia de sol à beira de piscina.

Aqui não há nenhum restaurante, por isso todas as casas têm cozinha mas, para quem preferir assumir que está de férias e não lhe apetecer cozinhar, ali mesmo ao lado recomendo o restaurante Cozinha Velha com comida bem tradicional, servida naquelas doses à portuguesa que não deixam ninguém com fome!

“Muitas outras coisas poderiam ser ditas e contadas, mas eu prefiro convidá-los a beber um copo de Ameal, ou melhor ainda fazer uma visita e ver in loco o que estamos a fazer e a construir” – diz o proprietário Quinta do Ameal. E eu subscrevo!

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