A Quinta da Gricha é uma história de amor. Amor de John Graham por Caroline Churchill e o amor de ambos pelo vinho e pelo Douro!
Depois de uns quantos quilómetros de curvas em terra batida, lá cheguei à Quinta da Gricha. Fui primeiro calorosamente recebida pela Miro e a Kika, os cães de guarda da quinta, e logo a seguir por Catarina, responsável pelo enoturismo.
Neste lugar, onde desde a sua fundação, em 1852, vários poços de água e grutas (as tais grichas) foram encontradas, foi onde John plantou a vinha e deu continuidade ao seu projecto de vinhos.
Apesar de produzir vinhos do Porto, a Quinta da Gricha é também – desde 1999 – casa de grandes vinhos do Douro, produzidos sob o princípio de sempre deixar a frescura da fruta prevalecer à madeira.
Nos 40 hectares de vinha, onde o sol incide maioritariamente durante a manhã, estão plantadas apenas castas autóctones do Douro.
É nos grandes lagares de granito que todos os anos as uvas são transformadas em vinho do Porto, em fermentações mais longas para criar vinhos mais secos e com mais complexidade.
Depois de uma visita guiada pela quinta, almocei no Pátio das Laranjeiras, todo em granito, com vista para o Douro e os seus socalcos.
Confesso que adoro restaurantes de autor, novos Chefs e cozinha inovadora, mas nada me tira o prazer de uma boa sopa de legumes, um bacalhau com natas ou um doce conventual! É essa comida que podem esperar de um almoço nesta quinta.
Cada prato caseiro foi acompanhado por um vinho Churchill e posso dizer que a harmonização mais improvável – mas deliciosa!! – foi o presunto fatiado com White Port Dry Aperitif. Um Porto branco de 10 anos, com uma doçura equilibrada mas com boa acidez e algumas notas de frutos secos.
Com o bacalhau provei o Churchill’s Estates Branco, cuja frescura e acidez combinaram muito bem com o azeite e untuosidade do peixe.
A sobremesa, tal como seria de esperar, foi acompanhada pelo 10 years Old Tawny Port, que mistura a complexidade da idade com a frescura da fruta vermelha e doçura de frutos secos.
Em casa, todos os 4 quartos têm uma decoração diferente, mas em comum têm calma e ambiente familiar e ainda “aquela” vista para o Douro!
Um sítio para voltar, mas dessa vez será para dormir num desse quartos sobre o rio e dar um mergulho na piscina infinita!