Vinho de Pias: uma história de trabalho, luta e a voz da Família Margaça que reclama a verdade sobre a sua origem
Em 1970, José Veiga Margaça, natural de Torres Vedras, estabeleceu-se no Alentejo como representante de um armazenista de vinhos.
Durante a sua estadia, rapidamente percebeu que este era um terroir único e especial, perfeito para concretizar o sonho de se afirmar como produtor de vinhos de elevada qualidade. Partiu numa viagem pela região e, já perto da fronteira, encontrou Pias.
Nesta pequena e pitoresca freguesia, localizada entre Serpa e Moura, no extremo oriental do Alentejo, adquiriu as primeiras propriedades e fundou, em 1973, a Sociedade Agrícola de Pias. A primeira decisão foi interromper a produção de vinho a granel, tida, até então, como a atividade principal.
De seguida, introduziu novos métodos de viticultura, redesenhou as embalagens e criou novos canais de venda e distribuição, ao mesmo tempo que começou a ocupar cada vez mais terras com vinhas e olivais.

Paralelamente a este projecto, aconteceu a revolução de Abril de 1974. Apenas dois anos depois, as terras começaram a ser ocupadas pelos camponeses, fazendo soar trompetes de vitória e bandeiras da revolução por todo o país, atraindo milhares de pessoas para celebrar esta conquista.
No regresso, levavam a memória de Pias em forma de garrafa, dando a conhecer e a provar o seu vinho.
O país aprendeu a lembrar o nome de Pias e passou a destacá-lo no mapa, gerando um verdadeiro fenómeno que perdura até aos dias de hoje.
Mas todo este sucesso, infelizmente , encontrou um lado menos bom… Devido ao sucesso atribuído aos vinhos da região, e sem impedimentos legais, a marca “Pias” passou a ser usada indevidamente, gerando falsificações e cópias por todo o país – muitas delas até vindas de outros países.
Pias perdia, lentamente, a sua identidade e via a legitimidade da sua origem comprometida.
Foi aí que Luís Margaça, terceira geração à frente da Sociedade Agrícola de Pias, atualmente o maior produtor da região, percebeu que “o mais importante não é competir na prateleira contra vinho produzido em massa, vindo da Europa a granel com custos muito baixos e uma qualidade que em nada honra Pias, mas antes fazer a revolução pela origem, informar o consumidor e mostrar a verdade por detrás do rótulo. Queremos promover a nossa cultura e gastronomia, o terroir diferenciador e autêntico, o empenho de várias gerações de famílias que trabalham, até hoje, na vinha e na adega”.

Por esse motivo, em 2020, a família Margaça recuperou o fôlego e apresentou uma nova estratégia, valorizando não apenas a sua marca, mas sobretudo a região.
Nascia assim uma nova marca no universo da Sociedade Agrícola de Pias, em estreia absoluta no mercado: os vinhos “Família Margaça”, uma homenagem ao trabalho desenvolvido por José Veiga Margaça, sua família e às gentes nativas que nunca desistiram de Pias.
Esta nova gama inclui seis referências que, em comum, partilham a ambição de posicionar os vinhos de Pias no patamar premium.
A introduzir esta nova filosofia estão os vinhos Família Margaça Vinha do Furo, nas versões tinto, branco e rosé, seguindo-se os vinhos Família Margaça Reserva Tinto, Família Margaça Reserva Branco e Família Margaça Touriga Nacional.
Em destaque está também a clássica marca “asPias”, cartão de visita do produtor e um dos seus best-sellers devido à imbatível relação qualidade/preço.
Os vinhos asPias Branco, asPias Tinto e asPias Rosé mantêm o seu perfil tradicional, agora com uma imagem contemporânea e mais próxima do consumidor moderno.



Todo este processo revolucionário, teve a preciosa ajuda do criativo Atelier Rita Rivotti. Nasceu uma Edição Especial, num simbólico manifesto pela origem e identidade da marca. Criaram vários posters do movimento de revolução que envolvem e protegem as garrafas.
Pode comprar os vinhos desta edição especial aqui
Em cada um há uma mensagem que tem como principal objetivo sensibilizar o consumidor para a indevida apropriação da marca no mercado português.
São histórias destas, de coragem, persistência, e muito amor ao vinho, que eu gosto de partilhar! Um brinde à nova vida do vinho de Pias e da Família Margaça!