Este “Jardim do Atlântico”, como chamam à ilha da Madeira, parece inocente mas é uma verdadeira perdição gastronómica…!!
O bolo do caco, a poncha de maracujá, as bananeiras, o mel de cana, as lapas e o vinho da Madeira, são tudo razões para se fazer enoturismo nesta ilha!
Começo por falar nas caves de vinho da Madeira. A Blandy’s Wine Lodge é de visita obrigatória, uma casa tipicamente madeirense, chão de calçada e janelas de madeira escura a contrastar com o branco das paredes. Tem ainda nas caves uma vasta colecção de vinhos de várias colheitas, muitas delas antigas e verdadeiras raridades. (Também podem ler mais sobre a Blandy’s aqui )
Os Vinhos Barbeito e Henriques & Henriques também devem fazer parte do roteiro pela excelência dos vinhos e da história dos seus produtores. Assim como a loja da D’Oliveiras, no centro do Funchal onde, além de se provarem os vinhos produzidos pela família desde 1820, também se encontram vários outros produtos regionais, incluindo artesanato.
No norte da ilha, numa terra chamada Seixal, recomendo uma visita à casa onde se produz o vinho Terras do Avô, a Seixal Wines. Aqui as vinhas estão rodeadas de mar e da floresta Laurissilva.
É com uma impressionante vista para o mar e para a cascata ‘Véu da Noiva’ que a família Caldeira dá a provar os seus vinhos de mesa (brancos e tintos): muito aromáticos, cheios de fruta tropical, com boa acidez e muita mineralidade. Tudo acompanhado por petiscos caseiros servidos no alpendre da casa de família.
Também na Calheta se devem fazer duas paragens: na Quinta Pedagógica dos Prazeres, onde se produz sidra caseira (bebi uma deliciosa e inesquecível taça de sidra quente com especiarias); e na fábrica Engenhos da Calheta, onde provei uma aguardente de cana acompanhada de broa de mel.
A juntar a tudo isto, a beleza natural da ilha é sem dúvida um bónus na viagem!