Na Companha das Lezirias o vinho que nasce entre cavalos e corujas

Passei um dia inteiro na Companhia das Lezírias e nem assim consegui visitar metade dos 18.000 hectares que compõem a propriedade.

Sendo que mais de metade é área florestal, este é um verdadeiro pulmão para a cidade de Lisboa!

Acordei num do bungalows disponíveis na companhia para os visitantes pernoitarem.

Eram vários pequenos apartamentos de madeira no meio da floresta, com acesso e vista para a piscina, onde só se ouviam os sons das cigarras, as folhas das árvores ao vento e o fado a tocar lá ao fundo nos altifalantes do picadeiro!

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A coudelaria da Companhia das Lezírias é das mais antigas e respeitadas do país, pelo que uma das actividades que se pode fazer aqui são aulas de equitação e passeios a cavalo pela propriedade.

“Coudelaria” é também o nome do restaurante da companhia que serve diariamente um buffet com pratos típicos portugueses, tão bons como se estivéssemos a comer em casa!

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Do picadeiro parti de carro até à adega e à nova loja de vinhos da companhia. A loja está muito bem decorada, moderna e espaçosa, onde me senti observada pelas dezenas de corujas “empoleiradas” nas prateleiras.

O mais recente vinho da Companhia das Lezírias chama­-se Tyto Alba, nome latim para a Coruja das Torres, que encontrou no ecossistema da companhia o seu habitat natural e aqui que se estabelece a maior comunidade desta coruja em todo o país.

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Os grandes olhos da Tyto Alba preenchem os rótulos destes vinhos, cujas vinhas estão  plantadas no meio da floresta, atribuindo aos seus vinhos aromas florestais, frescos e vegetais.

O dia acabou no EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves) e não podia terminar da melhor maneira! Este é um lugar onde a natureza se perde de vista até não haver mais sinais de civilização.

Naquela tarde pude observar silenciosamente uma grande diversidade de aves a conviver no estuário do Tejo, enquanto o sol baixava devagar e o vento soprava morno…. só me faltava um copo de vinho na mão para o cenário ser perfeito!

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