“Beleza e Minimalismo” definem a nova imagem dos vinhos da Churchill’s, uma das mais conceituadas casas de Vinho do Porto
De espírito irrequieto e sempre inovador, Johnny Graham – fundador e enólogo da Churchill’s – recorda como tudo começou. “Eu tinha apenas 29 anos quando fundei a Churchill’s em 1981.“
Com métodos de produção tradicionais, usando exclusivamente uvas letra A, quis produzir vinhos com um perfil diferente do que as pessoas esperavam: mais seco, fresco e elegante.
A Churchill’s é a casa de Vinho do Porto criado por Johnny Graham e hoje reconhecida mundialmente.
Mas porque não lhe deu o nome de família, com tanta história e tradição ligada ao Douro? Porque, nos anos 70, a marca Graham’s foi vendida a outra família inglesa. Johnny, não podendo usar o seu nome para este novo projecto, usou Churchill, o nome da mulher.
Desde 2019 que o projecto conta com a ajuda da sua filha, Zoe Graham, e do genro, Ben Himowitz, que pretendem assegurar os próximos quarenta anos da marca.
E foi mesmo pelas mãos de Zoe que fiquei a conhecer a nova cara da Churchill’s. Sob o lema Beleza e Minimalismo, a imagem foi toda repensada para se adaptar ao mundo actual.
“Um dos desafios que enfrentamos enquanto categoria é como reintroduzir o vinho do Porto a uma nova geração de consumidores”, disse Zoe Graham.
“Hoje em dia, nada existe por si só. (…) E, por isso, procurámos uma identidade visual e uma estética para os nossos vinhos do Porto e do Douro que fosse irreverente e original”.
BELEZA E MINIMALISMO
Todos os vinhos do Porto da Churchill’s são produzidos com uvas apanhadas e selecionadas à mão e pisadas a pé nos antigos lagares da Quinta da Gricha. Vinhos que se destacam pela sua elegância e frescura.
O design da “nova” Churchill´s apresenta transformações subtis, desde o rótulo em forma de diamante e o uso da letra minúscula no logótipo da marca, inserindo agora símbolos que remetem para a história da família e dos seus vinhos.
Embora mantendo a já conhecida coroa, a nova imagem inclui, também, uma torre e uma concha.
A torre foi inspirada nos lagares de granito da Quinta da Gricha e a concha provém da heráldica da família Graham, remontando ao símbolo original utilizado pela empresa familiar quando se instalou em Portugal, pela primeira vez, em 1808.
Em conjunto com os vinhos do Porto, a Churchill’s lança uma imagem renovada para a sua gama do Douro – Churchill’s Estates – e um novo nome: Grafite. Além do nome, também os rótulos desenhados à mão, celebram o icónico terroir do Douro.
“Grafite” vem diretamente da sala de provas, uma vez que esta é uma palavra que os enólogos da Churchill’s utilizam frequentemente para descrever a qualidade mineral dos vinhos, produzidos por solos nativos de xisto e granito.
“Utilizamos técnicas diferentes para produzir os nossos vinhos do Douro, mas a filosofia é sempre a mesma – mínima intervenção e respeito pelo ‘terroir’” afirma Ricardo Pinto Nunes, enólogo e director de produção da Churchill’s.
SUSTENTABILIDADE NA CHURCHILL’S
A Churchill’s está empenhada em preservar o planeta para que um dia as gerações futuras possam seguir esse mesmo caminho.
Nesta nova fase, apostou em implementar uma estratégia mais consciente de desperdício mínimo, recorrendo ao uso de menor quantidade de materiais nas suas embalagens:
- Cápsulas 100% recicláveis,
- Gamas sustentáveis de papel – para rótulos e embalagens – sendo algumas feitas a partir de 15% de resíduos de uva e 40% de fibras recicladas pós-consumo
- Garrafas mais leves para os vinhos do Douro, reduzindo 12% o peso das garrafas
Para sentir ainda mais o espírito Churchill’s recomendo ler sobre a minha experiência de enoturismo na Quinta da Gricha no Douro onde o respeito pela cultura do vinho é notável!